OP-58

POLÍTICA DE COOKIES

Este site utiliza cookies para o bom funcionamento do site e para otimizar a sua experiência de navegação. Para saber mais sobre a utilização dos cookies ou como os gerir ou desativá-los neste dispositivo por favor consulte a Política de Cookies.

Oledo

Verba

7 500 €

Área de Intervenção

Espaço Público e Espaço Verde

Proponente(s)

Maria João Alves Portela Baptista de Gouveia

Localização

Oledo, Nave Grande


Partilhar

58

Reprovado

Alíneas g) e k) do n.º 2 e alínea d) do n.º 3, ambas do artigo 14.º do Regulamento do Orçamento Participativo do Município de Idanha-a-Nova

Floresta de Alimentos

Descrição projeto

Uma FLORESTA DE ALIMENTOS é a presente proposta para a regeneração/requalificação de um espaço público em Oledo, conhecido como Nave Grande, a ceder pela Junta de Freguesia para a implementação da mesma. Resumidamente, uma floresta de alimentos, ou agrofloresta, é um sistema de produção que utiliza a sabedoria inerente e milenar das florestas naturais, através da mimetização das relações benéficas que existem entre plantas e outros organismos vivos, para (re)criar e alimentar ecossistemas que irão proporcionar alimentos para uso humano. Estes sistemas assentam sobretudo nas práticas de "policultura" contrariando as convencionais monoculturas intensivas e químicas. Policultura resulta e baseia-se na dinâmica da auto-organização de comunidades de plantas compostas por várias espécies. Nesta abordagem as plantas são cultivadas em grupos que se apoiam uns aos outros através de funções diferentes, relacionando-se em equilíbrio e harmonia e criando habitat e alimentos para os seres humanos e muitos outros seres vivos. Embora nem todas as plantas sejam directamente comestíveis por seres humanos, todas têm o seu valor e papel e, principalmente, funcionam em conjunto para enriquecer e regular os ciclos da natureza de forma a criar uma saudável e autóctone (o mais possível) paisagem florestal. Os benefícios de uma floresta de alimentos são inúmeros. Além de, existindo um correcto planeamento, produzir alimentos, mantém-se fértil e regenerativa praticamente sem grande intervenção. É também geradora de habitats para a fauna selvagem local, importante no controlo de pragas e na polinização e oferece oportunidades de observação e aprendizagem. As florestas de alimentos não requerem fertilizantes químicos ou pesticidas, pelo que produzem alimentos muito mais ricos e sãos. Um outro benefício importante, principalmente nos tempos que correm e numa região tão seca como a nossa, é o aproveitamento/gestão sustentável dos recursos hídricos, bem como os produtos resultantes da sua manutenção e crescimento, como fibras, combustíveis, adubos verdes, materiais para artesanato, alimento para animais domésticos, entre outros. Sendo a Terra o reflexo da nossa visão de mundo, esta abordagem holística para alimentar as comunidades (humanas e não humanas) também fornece alimento para a terra e, simultaneamente, proporciona uma relação mais directa e profunda na compreensão da interdependência que é necessária para suportar e regenerar a Vida. Existem diferentes tipos de relações e dinâmicas numa floresta de alimentos. Contudo, há certos padrões que são comuns, sendo um deles o funcionamento em diferentes níveis ou estratos: . árvores de grande porte, . árvores de pequeno porte e grandes arbustos, . pequenos arbustos, . espécies herbáceas, . solo fértil com rica matéria orgânica em decomposição . plantas trepadeiras que crescem verticalmente. Com a presente proposta pretende-se não simplesmente a implementação de uma floresta de alimentos, mas também enfatizar uma forma de vivermos mais conscientes das nossas ações e respectivas consequências. Pretende-se resgatar valores e saberes, visões de vida diversas, que trazem de volta a cooperação, a partilha justa e o cuidado e se unem num propósito comum. Pretende-se explorar novas possibilidades de viver paralelamente a um mundo de excessos, de velocidade, de consumo compulsivo, de acumulação (não apenas de bens), de competição extrema, de automatismo, imediatismo, etc.. e formas de pensar sobre como coexistir no mundo, pautadas pela confiança, pela troca, pelo afecto, pela amorosidade e consciência ecológica. Por se tratar de um processo, em constante crescimento, evolução, transformação, uma floresta de alimentos não estará completa num ano, nem em qualquer período de tempo (de)limitado, pelo que deverá ir sendo implementada por fases, correspondendo a actual proposta às fases possíveis em 12 meses, com a verba disponível. Além do que já foi referido, a proposta poderá também aportar funções de lazer, lúdicas e pedagógicas, nomeadamente através da integração e/ou adaptação de algumas estruturas e elementos existentes, como o campo de jogos, o edificado, a charca, bem como a construção e instalação de novos - zonas de estar, de sombreamento - e da dinamização de iniciativas - passeios, formações -, de modo a valorizar este espaço para a utilização pública, tanto da população local, do concelho de Idanha-a-Nova e concelhos adjacentes, mas também a nível nacional e internacional. Cada vez mais se assiste à procura do contacto/relação com a Natureza, pelo que uma proposta como a que se apresenta irá não só valorizar muito a região, como também dar apoio e viabilidade a outras possíveis economias locais, complementares.

98

Propostas apresentadas

53

Projetos

344

Participantes registados

235

Votos